Nem a morte, nem a vida... poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.38, 39). De fato, a morte não é somente incapaz de separar-nos do amor de Deus, ela é também, juntamente com todas as outras dificuldades, uma dádiva do evangelho. Ouçam o que Paulo disse em 1 Coríntios 3.21-23: "Ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus". Tudo é vosso — inclusive a morte! A morte está incluída em nosso cofre de tesouro dos dons de Deus por meio do evangelho. Por isso, Paulo disse que somos "mais do que vencedores" na morte. Disse também que tudo é nosso, inclusive a morte. Entendo que ele estava afirmando que, por causa das verdades de Romanos 8. 28 e 32, Deus toma cada dificuldade e faz com que ela nos sirva, inclusive a morte. A morte é "nossa" — nossa serva. O fato de que somos "mais do que vencedores" significa que a morte não apenas jaz morta aos nossos pés, depois do combate — ela é levada cativa e tornada nossa serva.
E como a morte nos serve? Como a servidão da morte, comprada por sangue, abençoa os filhos de Deus? Paulo responde: "Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Fp 1.21). Por que o morrer é lucro? Ele responde em seguida: "Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23). Estar com Cristo, depois da morte, é "incomparavelmente melhor" do que estar na terra. Esta é a razão por que somos mais do que vencedores quando a morte parece triunfar. Ela se torna uma porta para uma melhor comunhão com Cristo.
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