quinta-feira, 17 de julho de 2014

O Dom da Amizade: você é um falso amigo? (2/4)



Pergunta número 1: Você é um falso amigo?

Existe uma característica que define o amigo impostor em Provérbios: ele usa as pessoas. O falso amigo faz amizade com pessoas que podem dar coisas a ele. Ele estabelece relacionamentos apenas para ganho pessoal. Em Provérbios, isso significa dinheiro.
“As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” (19.4).
“O pobre é odiado até do vizinho, mas o rico tem muitos amigos” (14.20).
Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes. Se os irmãos do pobre o aborrecem, quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com súplicas, mas não os alcança” (19.6-7).


É difícil dizer se Provérbios está fazendo um julgamento moral daqueles que se aproximam dos ricos. Certamente, parte do argumento é simplesmente mostrar a diferença entre o privilégio do rico e o do pobre. Mas penso que devemos ver e reconhecer a inconstância de tais amigos. Amigos fiéis são difíceis de achar (Provérbios 20.6). Falsos amigos vêm em abundância, e vêm atrás das suas posses.
Falsos amigos usam as pessoas. Dinheiro é o exemplo em Provérbios, mas há outras maneiras de usar as pessoas. Algumas pessoas se aproximam de pastores, políticos ou de atletas, porque querem acesso, poder ou popularidade. Outros podem estar tão acostumados a pedir favores para os negócios, estudos ou questões da igreja, que nem conseguem mais diferenciar quando seu carisma é genuíno e quando é uma representação. Nenhum de nós está imune aos perigos de uma falsa amizade. É possível promover um livro, falar em uma conferência, elogiar um blog ou fingir companheirismo a um cristão influente e, a todo tempo, estar fazendo isso para receber o mesmo tratamento.
Há alguns anos eu li um livro a respeito de Billy Graham e os presidentes. O que mais me espantou foi como tais homens poderosos receberam Billy Graham em suas vidas porque ele parecia ser a única pessoa que não queria nada deles. A história mostra que eles frequentemente queriam alguma coisa de Billy Graham, mas ele deu a eles o dom da amizade sem manipulação. Ele não era um falso amigo.
Se um dia eu entrar no negócio de escrever biscoitos da sorte, este será um dos meus primeiros recados: “Cuidado com o amigo bajulador. Ele não está interessado de coração no seu bem”.


Por: Kevin DeYoung; Original: The gift of friendship and The godliness of good friends; Copyright © The Gospel Coalition; Website: TheGospelCoalition.org.

Tradução: Alan Cristie; Revisão: Renata do Espírito Santo; Original: O Dom da Amizade: você é um falso amigo? (2/4); Copyright © Voltemos ao Evangelho; Website: VoltemosAoEvangelho.com

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