Pergunta número 1: Você é um
falso amigo?
Existe uma característica que
define o amigo impostor em Provérbios: ele usa as pessoas. O falso amigo faz
amizade com pessoas que podem dar coisas a ele. Ele estabelece relacionamentos
apenas para ganho pessoal. Em Provérbios, isso significa dinheiro.
“As riquezas multiplicam os
amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” (19.4).
“O pobre é odiado até do vizinho,
mas o rico tem muitos amigos” (14.20).
Ao generoso, muitos o adulam, e
todos são amigos do que dá presentes. Se os irmãos do pobre o aborrecem, quanto
mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com súplicas, mas não os
alcança” (19.6-7).
É difícil dizer se Provérbios
está fazendo um julgamento moral daqueles que se aproximam dos ricos.
Certamente, parte do argumento é simplesmente mostrar a diferença entre o
privilégio do rico e o do pobre. Mas penso que devemos ver e reconhecer a
inconstância de tais amigos. Amigos fiéis são difíceis de achar (Provérbios
20.6). Falsos amigos vêm em abundância, e vêm atrás das suas posses.
Falsos amigos usam as pessoas.
Dinheiro é o exemplo em Provérbios, mas há outras maneiras de usar as pessoas.
Algumas pessoas se aproximam de pastores, políticos ou de atletas, porque
querem acesso, poder ou popularidade. Outros podem estar tão acostumados a pedir
favores para os negócios, estudos ou questões da igreja, que nem conseguem mais
diferenciar quando seu carisma é genuíno e quando é uma representação. Nenhum
de nós está imune aos perigos de uma falsa amizade. É possível promover um
livro, falar em uma conferência, elogiar um blog ou fingir companheirismo a um
cristão influente e, a todo tempo, estar fazendo isso para receber o mesmo
tratamento.
Há alguns anos eu li um livro a
respeito de Billy Graham e os presidentes. O que mais me espantou foi como tais
homens poderosos receberam Billy Graham em suas vidas porque ele parecia ser a
única pessoa que não queria nada deles. A história mostra que eles
frequentemente queriam alguma coisa de Billy Graham, mas ele deu a eles o dom
da amizade sem manipulação. Ele não era um falso amigo.
Se um dia eu entrar no negócio de
escrever biscoitos da sorte, este será um dos meus primeiros recados: “Cuidado
com o amigo bajulador. Ele não está interessado de coração no seu bem”.
Por: Kevin DeYoung; Original: The gift of
friendship and The godliness of good friends; Copyright © The Gospel Coalition;
Website: TheGospelCoalition.org.
Tradução: Alan Cristie; Revisão: Renata do
Espírito Santo; Original: O Dom da Amizade: você é um falso amigo? (2/4);
Copyright © Voltemos ao Evangelho; Website: VoltemosAoEvangelho.com
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