O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou

            Vivemos num mundo de parcerias frouxas, onde as pessoas detestam tudo o que é durável. O amor neste mundo virou futilidade, e o sistema  “usar e descartar” e em seguida, abrir espaços para outros relacionamentos.

            Então se vive a cultura do aluguel e do descartável (que é o mais  barato). Nesta sociedade onde a fidelidade, o amor, a amizade, os relacionamentos se tornaram fúteis, por isto não compra, aluga. Porque comprar da entender que há posse e a permanência, e o aluguel a rotatividade sem custo.  Porque o que é descartável pode ser substituído sem prejuízo.

            As parcerias frouxas substituíram o modelo da união pessoal, sólida e consistente, “até que a  morte nos separe” em “até que a primeira briga nos separe”, saiu de moda as juras eternas. Os compromissos intensos e longos é coisa de louco. Porque os compromissos fecham as portas para novas possibilidades (quem sabe melhores).

            Viver juntos foi substituído por ficar juntos. O casamento foi substituído por romance e sexo. O divórcio foi substituído pelos CSS  “casais semi casados”. As amizades substituídas pelas salas de chat e as redes, onde pode conectar e desconectar sem qualquer compromisso, sendo protegidas pelo anonimato.

            Esta sociedade de relacionamentos fúteis, não consegue oferecer a estabilidade de relacionamentos duradouros.

            A cantiga de roda me fez lembrar o quão frágil estão os relacionamentos, ” O anel que tu me deste era vidro e se quebrou”, um anel de doce, sem valor que a qualquer momento pode romper, não lhe custou nada. São os relacionamentos efêmeros e sem valor. E “o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou”, as pessoas hoje querem viver paixões intensas e não o amor  eterno.

            O que me assusta é que este tipo de relacionamento esta em todas as áreas da vida do homem, são pessoas  inconseqüentes que não pensam no dia do amanhã, e nem em seus resultados desastrosos. Não importam com amizades verdadeiras, não cultivam os relacionamentos, simplesmente jogam fora anos de amizade. Abrem igreja em busca de glamour, status, reconhecimento e no primeiro problema fecham igrejas sem se preocupar com vidas que ficaram para trás.

"Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará". Gal 6:7