sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Arrependimento da boca pra fora - parte 3



Autor(a): Tim e Sheila Riter


Abrace o conflito
Os maridos  começarão a jornada em direção à verdade quando eles perceberem que todo casamento tem conflitos. A ciência define fricção como duas superfícies irregulares que se atritam e, portanto, produzem calor. Isso se assemelha ao casamento, não é mesmo?
O marido e a esposa são imperfeitos e têm arestas que precisam ser polidas. Quanto mais eles interagem, ou quanto mais eles atritam essas arestas, mais calor produzem. Como podemos produzir tranquilidade a partir do caos?

A epistola de Paulo aos Romanos nos apresenta uma ordem simples: vivam em harmonia uns com os outros. A maioria dos maridos anseia por isso e evita toda e qualquer forma de conflito. Mas essa estratégia só faz que a questão seja jogada para debaixo do tapete e não resolve a discórdia.

Por um período breve de tempo, Tim tocava violão com os amigos. Mas não conseguia afinar o violão, pois seu ouvido não sintonizava os diferentes sons. Assim, ele o afinava da melhor maneira que conseguia e começava a tocar até os outros músicos não suportarem mais aquele violão desafinado. 

Embora Tim não percebesse nada de errado - ou não tomasse conhecimento de seu violão desafinado - o problema ainda existia. Quando o som de seu violão se tornava insuportável, um dos rapazes o afinava apropriadamente, e eles continuavam a tocar e conseguiam uma boa harmonia.

Os maridos precisam saber que reconhecer a desarmonia e lidar com ela é algo que oferece ao casamento o que a afinação do violão de Tim oferecia ao grupo de músicos: a harmonia genuína. Confie em nós, pois acreditamos que você não quer que seu casamento soe como o violão do Tim!

Ao incentivar os maridos a abraçar o conflito, não lhes pedimos que comecem a brigar sem nenhuma razão aparente. Ao contrário, eles precisam reconhecer que uma questão relevante existe. Abraçar a realidade representa reconhecer o conflito. Apenas nesse momento a verdadeira harmonia pode se desenvolver.

O conflito pode cobrir uma grande variedade de questões. Algumas delas dizem respeito a preferencias pessoais, como lavar roupa. Outras dizem respeito aos erro moral, como insultar a esposa em público. Mas quando um dos cônjuges considera algo como uma questão, isso se torna uma questão que os dois têm que resolver, e essa questão precisa de uma solução genuína, não apenas um paliativo.

Maridos, se algumas vezes usarem o artifício de dizer que sentem muito para se desviar do conflito, nós o encorajamos a tomar uma atitude para ajustar essa questão. Considerem as questões não resolvidas como algo que diminui a harmonia que tanto desejam. Sem resolução, os sentimentos da esposa - a raiva, o ressentimento e a frustração - continuarão a crescer. Ela, como um esguicho dobrado que se enche rapidamente de água, explodirá em relação às questões futuras - as questões que poderiam ser menores se vocês tivessem enfrentado desde o começo.

Pense na resolução como algo em que vocês dão um pouquinho para ganhar muito. Vocês, ao lidar com o conflito, realmente abrem mão da harmonia superficial no presente momento, e lidando com as questões de conflito definitivamente acrescentarão dificuldades temporárias. É aqui que entra a parte em que vocês dão um pouquinho.

Quando lidarem com o conflito assim que ele surge, vocês aumentam a harmonia do relacionamento a longo prazo. Por quê? Porque reconheceram e trabalharam com aquilo que preocupava a sua esposa. Isso interrompe o processo das emoções que se acumulam até que elas transbordem. E é aí que vocês ganham - e muito!

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