Autor(a): Tim e Sheila Riter
Abrace o
conflito
Os
maridos começarão a jornada em direção à
verdade quando eles perceberem que todo casamento tem conflitos. A ciência
define fricção como duas superfícies irregulares que se atritam e, portanto,
produzem calor. Isso se assemelha ao casamento, não é mesmo?
O marido e a
esposa são imperfeitos e têm arestas que precisam ser polidas. Quanto mais eles
interagem, ou quanto mais eles atritam essas arestas, mais calor produzem. Como
podemos produzir tranquilidade a partir do caos?
A epistola de
Paulo aos Romanos nos apresenta uma ordem simples: vivam em harmonia uns com os
outros. A maioria dos maridos anseia por isso e evita toda e qualquer forma de
conflito. Mas essa estratégia só faz que a questão seja jogada para debaixo do
tapete e não resolve a discórdia.
Por um
período breve de tempo, Tim tocava violão com os amigos. Mas não conseguia
afinar o violão, pois seu ouvido não sintonizava os diferentes sons. Assim, ele
o afinava da melhor maneira que conseguia e começava a tocar até os outros
músicos não suportarem mais aquele violão desafinado.
Embora Tim não percebesse
nada de errado - ou não tomasse conhecimento de seu violão desafinado - o
problema ainda existia. Quando o som de seu violão se tornava insuportável, um
dos rapazes o afinava apropriadamente, e eles continuavam a tocar e conseguiam
uma boa harmonia.
Os maridos
precisam saber que reconhecer a desarmonia e lidar com ela é algo que oferece
ao casamento o que a afinação do violão de Tim oferecia ao grupo de músicos: a
harmonia genuína. Confie em nós, pois acreditamos que você não quer que seu
casamento soe como o violão do Tim!
Ao incentivar
os maridos a abraçar o conflito, não lhes pedimos que comecem a brigar sem
nenhuma razão aparente. Ao contrário, eles precisam reconhecer que uma questão
relevante existe. Abraçar a realidade representa reconhecer o conflito. Apenas
nesse momento a verdadeira harmonia pode se desenvolver.
O conflito
pode cobrir uma grande variedade de questões. Algumas delas dizem respeito a
preferencias pessoais, como lavar roupa. Outras dizem respeito aos erro moral,
como insultar a esposa em público. Mas quando um dos cônjuges considera algo
como uma questão, isso se torna uma questão que os dois têm que resolver, e
essa questão precisa de uma solução genuína, não apenas um paliativo.
Maridos, se
algumas vezes usarem o artifício de dizer que sentem muito para se desviar do
conflito, nós o encorajamos a tomar uma atitude para ajustar essa questão.
Considerem as questões não resolvidas como algo que diminui a harmonia que
tanto desejam. Sem resolução, os sentimentos da esposa - a raiva, o
ressentimento e a frustração - continuarão a crescer. Ela, como um esguicho
dobrado que se enche rapidamente de água, explodirá em relação às questões
futuras - as questões que poderiam ser menores se vocês tivessem enfrentado
desde o começo.
Pense na
resolução como algo em que vocês dão um pouquinho para ganhar muito. Vocês, ao
lidar com o conflito, realmente abrem mão da harmonia superficial no presente
momento, e lidando com as questões de conflito definitivamente acrescentarão
dificuldades temporárias. É aqui que entra a parte em que vocês dão um
pouquinho.
Quando
lidarem com o conflito assim que ele surge, vocês aumentam a harmonia do
relacionamento a longo prazo. Por quê? Porque reconheceram e trabalharam com
aquilo que preocupava a sua esposa. Isso interrompe o processo das emoções que
se acumulam até que elas transbordem. E é aí que vocês ganham - e muito!
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